sábado, 20 de novembro de 2010

Diabesidade

Que a população mundial está sofrendo com as consequências do ritmo acelerado dos novos tempos e com a falta de cuidados com a saúde, não é nenhuma novidade.  A cada dia novos estudos são divulgados no Brasil e no Mundo trazendo dados estatísticos, descobertas e confirmações sobre problemas comuns como diabetes, hipertensão, obesidade, entre outros.

O problema com relação a estas doenças é ainda maior quando se leva em consideração o aumento do número de doentes e a aparição delas em idades cada vez mais precoces.

Um dos temas discutidos agora é a epidemia mundial de obesidade e a preocupação da transformação desta epidemia em milhões de novos casos de diabetes mellitus nas próximas duas décadas.
A obesidade é fato comum entre os brasileiros hoje: em 1975 cerca de 15% da população era obesa.  Hoje são 43%.

O efeito mais visível da obesidade é o estético, mas o mais assustador é aquele que não podemos ver: a epidemia global de diabesidade.  Este binômio é utilizado para designar a mistura das duas doenças.
Nos obesos, a insulina, hormônio responsável por "colocar" a glicose dentro das células, tem mais dificuldade para agir. Sobra glicose na circulação e o pâncreas reage fabricando mais insulina. Com o tempo, chega à exaustão e não consegue mais fabricar o hormônio.

“O diabetes vai afetar cada vez mais pessoas e ameaçar economias”, diz Jean Claude Mbanya, presidente da Federação Internacional de Diabetes. “Se não tornarmos acessível um estilo de vida saudável, em pouco tempo o mundo vai gastar bilhões de dólares com as complicações dessa doença.” Nas próximas duas décadas, os novos casos de diabetes vão crescer 54% no mundo, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2030, haverá 438 milhões de diabéticos no planeta. Na América Central e do Sul, o crescimento será ainda mais acentuado (65%). Isso significa que quase 30 milhões de pessoas terão a doença em nosso continente.