Fonte: Caderno de Educação da Folha dirigida
Um ponto de encontro para os meus alunos, com informações sobre Biologia e Saúde.
domingo, 18 de outubro de 2009
Os avanços da nanotecnologia
Fonte: Caderno de Educação da Folha dirigida
Controlar o diabetes aumenta o "colesterol bom"
Fonte: Diabetes Care (2009).
Novo conjunto de métodos para a realização de testes anti-HIV
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
UFF não utilizará nota do Enem na primeira etapa do Vestibular 2010
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Curso Técnico de Pesquisa em Biologia Parasitária recebe inscrições
As inscrições para o Curso Técnico de Pesquisa em Biologia Parasitária vão até 16 de outubroCom um total de 16 disciplinas, o curso qualifica profissionais para executar e controlar técnicas laboratoriais Este perfil profissional permite atuação em diversos campos de trabalho como biotecnologia, virologia, bacteriologia, bioquímica, biologia molecular. Os técnicos também podem trabalhar em pesquisas ambientais, onde farão coleta de material biológico, como, por exemplo, vetores.
InscriçãoAs inscrições podem ser feitas entre 05 e 16 de outubro no site www.sigaeps.fiocruz.br. Os formulários preenchidos devem ser entregues até 16 de outubro, das 9h às 16h, na secretaria do curso no Pavilhão Arthur Neiva, no campus de Manguinhos, Rio de Janeiro. A taxa de inscrição é de R$ 25 (vinte e cinco reais) e o boleto de pagamento será gerado automaticamente durante a inscrição online.SeleçãoO processo seletivo será realizado em três etapas. A primeira, eliminatória, é composta por uma prova escrita com 40 questões objetivas de Biologia, Química, Matemática, Física, e Conhecimentos Gerais. Em seguida, os candidatos farão uma redação, também eliminatória. E por último, será feita uma entrevista classificatória com membros da comissão organizadora.
Cronograma do Processo Seletivo
10/11 – Prova escrita e a redação16/11 – Resultado da prova escrita e redação23 e 24/11 – Entrevista25/11 – Resultado da entrevista27/11 – Resultado Final4 a 6/01 – Matrícula08/01 – Início das aulasInformações complementares:Secretaria Acadêmica – Pavilhão Arthur NeivaAvenida Brasil, 4365 – ManguinhosCep: 21040-360 - Rio de Janeiro – RJ(21) 2562-1418 / 1201 / 1394 / 1322Email: ctbp@ioc.fiocruz.br
Ministério devolverá taxa de inscrição para alunos que desistirem do exame
Atenção pessoal da Patologia Clínica.
Técnicas Laboratoriais em Hematologia
21 e 22 de outubro de 2009 – 09 às 17h
R$ 180,00 – 50% desconto para profissionais da rede pública de saúde e estudantes. Funcionário HEMORIO / SESDEC Nível Central: R$ 30,00
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Triagem Clínica para a Doação de Sangue
23 de outubro de 2009 – 09 às 17h
R$ 120,00 – 50% desconto para profissionais da rede pública de saúde e estudantes. Funcionário HEMORIO / SESDEC Nível Central: R$ 15,00
Para se inscrever, basta acessar o link abaixo:
http://www.hemorio.rj.gov.br/
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Uerj muda vestibular para não coincidir com Enem
A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) remarcou para o dia 13 de dezembro a segunda fase do seu vestibular. Inicialmente, a prova estava marcada para o domingo anterior, 6, que coincidiria com a nova data do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicado nos dias 5 e 6 de dezembro. Apesar de não utilizar a nota do Enem em seu processo seletivo, a Uerj remarcou a prova a pedido do Ministério da Educação.A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ainda está estudando um novo calendário. Segundo a assessoria de imprensa, a nota do Enem continuará sendo usada na primeira fase do concurso, cujas inscrições vão até o dia 23 de outubro. A manutenção das datas da segunda fase, previstas inicialmente para os dias 9 e 10 de janeiro, está condicionada à divulgação dos resultados do exame nacional. Segundo o edital da UFRJ, que deve ser mantido, os alunos que passam para a segunda fase são os mais bem colocados no Enem, em número correspondente ao quádruplo do número de vagas abertas para cada curso.
Ministério devolverá taxa de inscrição para alunos que desistirem do exame
Enem 2009: Provas já têm novas datas: 5 e 6 de dezembro
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Enem 2009: Após vazamento, MEC disponibiliza conteúdo das provas
1º dia
2º dia
Gabarito
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC
UFRJ abre inscrições gratuitas para o Vestibular 2010
As inscrições para o vestibular da UFRJ podem ser feitas gratuitamente pelo site www.acessograduacao.ufrj.br a partir desta quinta-feira até o dia 23 de outubro. Só poderão concorrer a vagas os candidatos que fizerem o novo Enem 2009, já que a universidade adotou a prova como primeira fase eliminatória. Luiz Otávio Langlois, coordenador acadêmico da comissão de acesso aos cursos de graduação da UFRJ, espera um número de inscrições bem maior do que a média de 55 mil dos anos anteriores. - Potencialmente, temos mais de 4 milhões de candidatos que podem se inscrever e acho que a quantidade de alunos bons de outros estados será grande. Por isso, temo um pouco ter um índice de faltas muito elevado na segunda fase - avalia Langlois. A segunda etapa acontecerá nos dias 9 e 10 de janeiro de 2010 e será composta de cinco provas discursivas: língua portuguesa e literatura brasileira, redação e três provas de disciplinas específicas para o curso pretendido. Os estudantes terão cinco horas para fazer as provas em cada dia. Será convocado para a segunda fase um total de candidatos igual a quatro vezes o número de vagas oferecidas pelo curso. Este ano a UFRJ ampliou sua oferta de vagas em 7,7% com a criação de 592 vagas em 13 novas graduações. O total é de 8.254 vagas. Os estudantes poderão indicar até três opções de cursos, desde que todos pertençam ao mesmo grupo. Para a segunda etapa, a universidade alterou parte do conteúdo programático em relação ao ano anterior. Em História, por exemplo, o programa passa a incluir o tema "Brasil: da República Liberal-Democrática aos dias atuais (pós-45)". Já o programa de Química sofreu uma reformulação mais profunda, tornando-se menos extenso. Os programas completos, assim como o edital, estão disponíveis no endereço site da universidade. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2534-9430.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Atualizando as informações sobre a gripe suína no Brasil...
Até 14 de maio de 2009, permanecem confirmados, 8 (oito) casos de Influenza A(H1N1) no Brasil, pelos laboratórios da FIOCRUZ/RJ e Instituto Adolfo Lutz/SP. O último caso confirmado apresentou sintomas em 08 de maio.
Dentre os casos confirmados seis são adultos jovens, mantendo o padrão de acometimento nessa faixa etária conforme observado nos demais países. Todos os pacientes passam bem e apenas dois estão internados.
Os sintomas mais frequentes apresentados entre os casos confirmados são febre, tosse e mialgia.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Gripe Suína
“A gripe suína se parece com a gripe normal. O indivíduo tem dor de cabeça, dores musculares e nas juntas, ardor nos olhos, febre acima de 39 ºC e início abrupto. Parte das pessoas que foram contamindas com o vírus no México tiveram diarréia, isso não é muito comum na gripe, mas pode acontecer”, explica Granato. Como o contágio da gripe suína é feito, como nas outras formas da doença, por meio de gotículas de saliva, a prevenção, segundo o infectologista, segue a mesma regra geral indicada para evitar o contágio da gripe comum: evitar o contato muito próximo de pessoas doentes. "Postergar viagens ao México é recomendável, pois há informações de que todos os estados daquele país têm casos registrados. Se não for possível, evite aglomerações de pessoas.”
No Brasil, ainda não existe um método para diagnosticar o vírus específico da gripe suína. “É possível fazer o diagnóstico do vírus causador da gripe, o influenza, seja ele suíno ou não. Portanto, se a pessoa fizer o exame e o resultado for negativo, não há chances de ela estar infectada. Ela pode apresentar sintomas de um quadro gripal causado por outros vírus que, do ponto de vista clínico, têm uma apresentação muito semelhante à gripe.”
Ainda não há também uma vacina contra a gripe suína. “Coincidentemente, está se iniciando nesta semana uma campanha nacional de vacinação que não vai proteger contra esse tipo de gripe suína, mas isso não é o mais importante neste momento. Essa vacina vai proteger contra várias outras formas de gripe de vírus que estão circulando pelo mundo e que têm mais chances de acontecer agora. As pessoas, portanto, devem continuar o seu planejamento de vacinação”, aconselha o infectologista.
Precauções para quem acaba de voltar das regiões afetadasSegundo Jessé Reis Alves, assessor médico do serviço de Vacinação e da Consulta do Viajante do Fleury, viajantes que acabam de retornar dos países em que foram registrados casos da gripe suína devem ficar atentos à sua saúde. "Caso apresente febre e outros sintomas gripais, esse indivíduo deverá procurar imediatamente um serviço de saúde, relatando seus sintomas e a realização da viagem, caso esta tenha ocorrido nos últimos dez dias. Os profissionais de saúde estão sendo orientados a relatar todos os casos suspeitos e as devidas medidas de atendimento serão então desencadeadas. Somente o médico deverá prescrever medicações e orientar o tratamento adequado."
Medidas de prevenção a quem se destina às áreas afetadas
Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável
Evitar locais com aglomeração de pessoas
Evitar o contato direto com pessoas doentes
Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal
Evitar tocar olhos, nariz ou boca
Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar
Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países
Não usar medicamentos sem orientação médica
terça-feira, 24 de março de 2009
Hematopoiese
Seguem abaixo algun dos slides utilizados nas aulas do 3º ano, incluindo as informaçõe gerais sobre o processo de diferenciação nas linhagens celulares e sobre a eritropoiese (eritrócitos) em separado.
Hematopoiese
sábado, 7 de fevereiro de 2009
2009!
Boas vindas aos novos alunos da Patologia Clínica. Espero que todos continuem firmes até o fim e que descubram que a Patologia Clínica é uma área fascinante. Não vou dizer que é fácil... são muitas disciplinas e uma carga horária pesada... Mas é um curso maravilhoso! Sei que sou suspeita, pois além de ser professora da área também fui aluna e trabalhei com Análises Clínicas durante muito tempo.
Ao 3º ano desejo um bom regresso e que o empenho de vocês continue o mesmo em 2009. Mais um ano com vocês!
Aos meus novos alunos de Biologia... Boas vindas! Espero que não detestem a Genética, que amem a Evolução Biológica e que se encantem com a Ecologia.
Um forte abraço para todos.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Para aproveitar bem as férias...
GENOMAS, TRANSGÊNICOS E CÉLULAS-TRONCO
INTRODUÇÃO À BIOTECNOLOGIA
INTRODUÇÃO À GENÉTICA
MICROBIOLOGIA MODERNA
Síndrome de Down - Das minhas alunas Dayane e Thaís
Recebe o nome em homenagem a John Langdon Down, médico britânico que descreveu a síndrome em 1862. A síndrome é caracterizada por uma combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal. Geralmente a síndrome de Down está associada a algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial. A síndrome de Down é geralmente identificada no nascimento.
Portadores de síndrome de Down podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente variando de retardo mental leve a moderado. Um pequeno número de afetados possui retardo mental profundo. É a ocorrência genética mais comum, estimada em 1 a cada 800 ou 1000 nascimentos.
Muitas das características comuns da síndrome de Down também estão presentes em pessoas com um padrão cromossômico normal. Elas incluem a prega palmar transversa (uma única prega na palma da mão, em vez de duas), olhos com formas diferenciadas devido às pregas nas pálpebras, membros pequenos, tônus muscular pobre, língua protrusa e etc. Os afetados pela síndrome de Down possuem maior risco de sofrer defeitos cardíacos congênitos, doença do refluxo gastroesofágico, otites recorrentes, apnéia de sono obstrutiva , disfunções da glândula tireóide e leucemia.
A síndrome de Down é um evento genético natural e universal, estando presente em todas as raças e classes sociais. Não é uma doença e, portanto, as pessoas com síndrome de Down não são doentes. Não é correto dizer que uma pessoa sofre de, é vítima de, padece ou é acometida por síndrome de Down. O correto seria dizer que a pessoa tem ou nasceu com síndrome de Down. A síndrome de Down também não é contagiosa.
Atualmente, estima-se que entre 91% e 93% das crianças detectadas com Síndrome de Down antes do parto sejam abortadas
Incidência
Quanto maior a idade da mãe, maior o risco da ocorrência da síndrome
As grávidas com risco elevado de ter um filho afectado por esta síndrome devem ser encaminhadas para consultas de aconselhamento genético, no âmbito das quais poderão realizar testes genéticos (como a amniocentese).
Saúde
3% destas crianças têm cataratas congénitas importantes que devem ser extraídas precocemente. Também são mais frequentes os glaucomas.
A hipotonia é muito frequente no recém-nascido, o que pode interferir com a alimentação ao peito. Normalmente a alimentação demora mais tempo e apresenta mais problemas devidos à protrusão da língua. A obstipação é mais frequente devido à hipotonia da musculatura intestinal.
O hipotireoidismo congénito é mais frequente nas crianças com trissomia 21. .
As convulsões são mais frequentes, com incidência de 10%.
A imunidade celular está diminuída, pelo que são mais frequentes determinadas infecções, como as respiratórias. Habitualmente têm hipertrofia dos adenóides e das amígdalas. Há uma maior incidência de leucemias.
São muito frequentes as alterações auditivas nestas crianças devido a otites serosas crónicas e os defeitos da condução neurosensorial.
Há uma grande controvérsia sobre a instabilidade atlantoaxial. Radiologicamente, 15% ou mais dos casos apresentam evidência deste facto, mas há muito poucas crianças com problemas neurológicos associados.
Há um atraso no crescimento com tendência para a obesidade.
Os dentes tendem a ser pequenos e espaçados irregularmente.
Existem evidências de menor incidência de cancro; isto tem levado a pesquisas que sugerem que os genes que combatem o cancro estão no cromossoma 21.[4]
Expectativa de vida
Devido aos avanços da medicina, a expectativa de vida das pessoas com síndrome de Down vem aumentando incrivelmente nos últimos anos. Para se ter uma idéia, enquanto em 1947 a expectativa de vida era entre 12 e 15 anos, em 1989, subiu para 50 anos. Atualmente, é cada vez mais comum pessoas com síndrome de Down chegarem aos 60, 70 anos, ou seja, uma expectativa de vida muito parecida com a da população em geral.
Melhorando o desenvolvimento
Vários aspectos podem contribuir para um aumento do desenvolvimento da criança com síndrome de Down: intervenção precoce na aprendizagem, monitorização de problemas comuns como a tiróide, tratamento medicinal sempre que relevante, um ambiente familiar estável e condutor, práticas vocacionais e etc. Por um lado, a síndrome de Down salienta as limitações genéticas e no pouco que se pode fazer para as sobrepor; por outro, também salienta que a educação pode produzir excelentes resultados independentemente do início. Assim, o empenho individual dos pais, professores e terapeutas com estas crianças pode produzir resultados positivos inesperados. Essas crianças frequentemente apresentam redução do tônus dos órgãos fonoarticulatórios e, consequentemente, falta de controle motor para articulação dos sons da fala, além de um atraso no desenvolvimento da linguagem. O fonoaudiólogo será o terapeuta responsável por adequar os órgãos responsáveis pela articulação dos sons da fala além de contribuir no desenvolvimento da linguagem.
A pessoa com S.D. quando adolescente e adulta tem uma vida semi-independente. Embora possa não atingir níveis avançados de escolaridade pode trabalhar em diversas outras funções, de acordo com seu nível intelectual. Ela pode praticar esportes, viajar, frequentar festas, etc.
Gordura trans - Das minhas alunas Tatiany e Nathalia
São considerados especiais devido à sua conformação estrutural. Nos ácidos graxos cis, que é como geralmente são encontrados os ácidos graxos na natureza, os átomos de menor peso molecular encontram-se paralelos, e nos ácidos graxos trans, os átomos de menor peso molecular estão dispostos na forma diagonal.
O ângulo das duplas ligações na posição trans é menor que em seu isômero cis e sua cadeia de carboidratos é mais linear, resultando em uma molécula mais rígida, com propriedades físicas diferentes, inclusive no que se refere à sua estabilidade termodinâmica.
Os ácidos graxos trans não são sintetizados no organismo humano, sendo que são resultantes de um processo chamado de hidrogenação. O objetivo desse processo é adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as. Mas a hidrogenação é geralmente parcial, ou seja, há a conservação de algumas duplas ligações da molécula original e estas podem formar isômeros, mudando da configuração cis para trans.
Existem dois tipos de hidrogenação:
A biohidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal destes animais;
A hidrogenação industrial. Nesse processo são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais poliinsaturados, um catalisador que geralmente é o Ni, sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido a orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica.
Fontes
Estão presentes em muitos alimentos industrializados, como biscoitos, bolos confeitados e salgadinhos. A gordura trans é muito utilizada nestes produtos por aumentar sua validade, mas é extremamente nociva para o organismo. Embora alguma gordura trans seja encontrada na natureza (no leite e gordura de ruminantes como vaca e carneiro), por influência de uma bactéria presente no rumén desses animais, a maioria é formada durante a manufatura de alimentos processados.
Em muitas áreas a gordura trans dos óleos vegetais parcialmente hidrogenados substituiu a gordura sólida e óleos líquidos naturais. Os alimentos que mais provavelmente contêm gordura trans são frituras, molhos de salada, margarinas, entre outros alimentos processados.
Gordura trans age como a gordura saturada ao elevar o nível da lipoproteína (concentração plasmática) de baixa densidade no sangue (LDL ou "colesterol ruim"), isso faz com que os níveis de absorção da lipoproteína de alta densidade (HDL, o "colesterol bom") sejam prejudicados, sendo que esta é responsável pela remoção de LDL do sangue. Isso aumenta as chances do aparecimento de um ateroma, isto é, a placa de gordura no interior de veias e artérias, que pode causar infarto ou derrame cerebral.
Está associada também à obesidade, visto que é utilizada em larga escala em quase todos os alimentos. Sabe-se pouco sobre como a gordura trans é incorporada no tecido cerebral do feto e membranas celulares.
Rotulagem e legislação
Com um maior controle sobre a alimentação humana, as autoridades em saúde determinaram que em rótulos venha determinada a quantidade de gordura trans contida por porção. Essa quantia muitas vezes nem é notada pelo consumidor, e a principal causa é a falta de interesse e de informação. O Valor Calórico Diário, antes considerado 2,5 mil calorias, decaiu em valor devido à grande quantidade de gorduras trans utilizadas, diminuindo para 2 mil calorias.
Daqui pode-se perceber que gordura trans não é o mesmo que gordura hidrogenada, porém esta contém a maior quantidade de gordura trans. A recomendação é que se consuma o mínimo possível, não existindo quantidade mínima recomenda por dia, qualquer quantidade por menor que seja, é prejudicial.
Gordura vegetal hidrogenada
A gordura hidrogenada é obtida através da hidrogenação industrial de óleos vegetais (que são líquidos à temperatura ambiente), formando uma gordura de consistência mais firme. Por suas características, ela melhora a palatabilidade e textura, e aumenta a vida de prateleira dos produtos, por isso é muito utilizada na indústria. A gordura hidrogenada também é usada por redes de fast-food e restaurantes para frituras.
Produtos como margarinas, sorvetes cremosos, biscoitos, bolos, tortas, pães, salgadinhos, pipoca de microondas, bombons, e tudo mais que contenha gordura hidrogenada, são fontes de gordura trans.
A partir do segundo semestre de 2006, as empresas foram obrigadas a declarar a quantidade de gordura trans no rótulo, de acordo com a resolução da Anvisa. Poucos produtos já foram reformulados a fim de eliminar essa gordura de sua composição.
Apesar da resolução que obriga os fabricantes de alimentos industrializados a declarar a quantidade de gordura trans em seus produtos, as indústrias usam uma brecha técnica para continuar a vender produtos com gordura trans e ao mesmo tempo utilizar selos e "splashes" em suas embalagens declarando-os com "0% de gordura trans".
A brecha técnica funciona da seguinte maneira: se o produto contiver até 0,2g de gordura trans por porção, a Anvisa permite que a embalagem estampe o claim "Não contém...", "Livre de...", "Zero..." ou "Isento de..." (último item do FAQ da Anvisa). Isso permite que o próprio fabricante arbitrariamente escolha qual o tamanho de 1 porção de seu produto que fique abaixo de 0,2g. Um fabricante de biscoitos, por exemplo, pode imprimir em sua tabela nutricional que os valores de 1 porção equivalem a 1/2 biscoito, e assim induzir o consumidor a acreditar que esse produto não contém nenhuma gordura trans.
Uma maneira segura de comprovar a adição de gordura trans é a leitura da lista de ingredientes do alimento. Se contiver gordura hidrogenada, certamente contém gordura trans.
A Anvisa não exige mais que os fabricantes grafem gordura vegetal hidrogenada por extenso nas embalagens, permitindo que ela seja indicada apenas como gordura vegetal. Então, outra maneira de verificar a presença de gordura trans é checar a lista de ingredientes impressa nas outras línguas - se disponível.